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Sexta-feira, Março 14, 2025

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COVID-19: NERBE “indignado” com medidas previstas para Barrancos, Moura e Odemira

Em comunicado emitido hoje, o NERBE – Núcleo Empresarial da região de Beja, vem dizer que “em face das medidas anunciadas pelo governo, relativamente à terceira fase de desconfinamento e, devido à gravidade das mesmas, vem a Direção do NERBE/AEBAL, manifestar a sua profunda indignação sobre a medidas previstas para três concelhos do distrito de Beja, nomeadamente Moura, Barrancos e Odemira, que não passam para a terceira fase de desconfinamento, que se inicia no dia de hoje”.

Segundo a mesma fonte, “é incompreensível que, Moura com 17 casos e Barrancos com 4 casos não possam passar à terceira fase, o que permitiria às nossas empresas dos referidos Concelhos, voltarem a respirar alguma normalidade”.

Lembra o NERBE que “o critério utilizado penaliza os concelhos de menor população e de maior área geográfica, como são os casos da maioria dos nossos concelhos, não conseguimos encontrar uma única explicação que justifique um critério cego, igual para todo o País e que, na fórmula de cálculo não inclua uma variável, que tenha em conta a dimensão do concelho”.

“Também no concelho de Odemira, apesar do número de incidências ser bastante maior, é preciso não esquecer que grande parte está localizado na população migrante e que, estes mesmos migrantes, que são mais de vinte mil não contam para o cálculo da população existente. Mais uma vez, uma fórmula mal elaborada implica, que o concelho retroceda para a fase um, o que obsta que os empresários desse concelho possam abrir e voltar a ter as receitas que tanto precisam para manter os seus postos de trabalhos e continuarem em atividade” destaca este organismo.

No mesmo comunicado, pode ler-se que “estas situações são extremamente penalizadoras para as nossas empresas, que aguardam por dias melhores. Para mais, é altamente discriminatória, para com as empresas de quase todo o País. Queremos querer que, as decisões para além de seguirem critérios, como não podia deixar de ser, sigam critérios justos, equitativos e que tratem situações distintas, de forma também distinta, uma vez, que o nosso território e o nosso Alentejo são tão diferentes de outras zonas do País. Salienta-se que, depois das fórmulas e dos critérios deve imperar o bom senso, porque é isso que nos distingue. Ter a capacidade de ler os números e tomar decisões com base nesses mesmos números, mas, com o bom senso necessário para não prejudicar toda a atividade económica de um concelho, numa fase em que as nossas empresas atravessam graves constrangimentos”.

O NERBE realça que “também não podemos concordar, com as regras de encerramento dos restaurantes ao fim de semana às 13H00, porque para além de não encontrarmos nenhuma relação entre as infeções e os horários, impossibilita que, do ponto de vista económico justifique abrir estas unidades ao fim-de-semana. Bastaria que o horário de fecho fosse às 15H00, para que os nossos restaurantes pudessem, pelo menos, trabalhar no horário do almoço”.

O NERBE espera que, “à semelhança do que tem acontecido em decisões anteriores, o Governo venha rapidamente reconhecer e emendar estes erros que tanto prejudicam as nossas empresas”.

A Rádio Castrense já tentou ouvir o presidente do NERBE, Filipe Pombeiro, acerca desta matéria, mas tal não foi possível, até ao momento.

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