O corpo do arqueólogo e historiador Manuel Maia, estará em câmara ardente, nesta sexta-feira, na casa mortuária de Castro Verde, seguindo para Faro, às 14h00 horas, onde será cremado.
Recorde-se que, o arqueólogo e historiador Manuel Maia era um dos fundadores do Museu da Lucerna, em Castro Verde e coordenador do departamento de arqueologia da Cortiçol. Faleceu ontem no Hospital de Beja, onde estava internado, conforme a Rádio Castrense avançou em primeira-mão.
O arqueólogo era natural de Lisboa, tinha 76 anos, e desempenhou um papel fundamental na criação do museu da Lucena de Castro Verde entre, outras iniciativas onde se notabilizou, como realçou José Francisco Colaço Guerreiro, Ex-presidente da Cortiçol, Cooperativa de Informação e Cultura do concelho de Castro Verde.
Natural de Lisboa, Manuel Maia era licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e foi responsável por inúmeras escavações arqueológicas e pela coordenação de vários projetos em Portugal.
Entre estes, destaque para o projeto dinamizado no concelho de alentejano de Castro Verde, juntamente com a esposa, a arqueóloga Maria Maia, também já falecida, que levou à descoberta do depósito de lucernas romanas na freguesia de Santa Bárbara de Padrões.
Este achado deu depois origem ao Museu da Lucerna, propriedade da cooperativa Cortiçol e instalado em Castro Verde, de que Manuel Maia foi um dos fundadores e onde assumia atualmente as funções de conservador e diretor.
Numa nota de pesar, o professor catedrático da Universidade de Coimbra José d’Encarnação recordou que Manuel Maia esteve também na criação do “grande projeto de preservar a cidade romana de Balsa, em Tavira, criando um Campo Arqueológico, a designação comum na altura para as estruturas de apoio a um sítio arqueológico”.
“Aí desenvolveram uma atividade a todos os títulos notável, podendo mesmo afirmar-se que, sem o seu entusiasmo e dedicação, de Balsa se não conheceria o que se sabe hoje”, acrescentou aquele investigador.
De referir que a Câmara Municipal de Castro Verde aprovou ontem, por unanimidade, um voto de pesar pela morte de Manuel Maia.
“O seu desaparecimento físico constitui para Castro Verde e para a comunidade científica ligada à História a perda irreparável de alguém que, nos últimos 40 anos, assumiu no nosso concelho e no país um forte compromisso cívico e de caráter social”, evidenciou a autarquia no voto de pesar.
A Direção e colaboradores da Cortiçol – Cooperativa de Informação e Cultura C.R.L., assim como a Rádio Castrense, detida por esta cooperativa, endereçam as sentidas condolências a todos os familiares do Arqueólogo Manuel Maia e lamenta profundamente o seu desaparecimento.