A Comissão Política Distrital do PSD vem dizer em comunicado que, “foi com grande surpresa se confrontou com a entrevista do Sr. Presidente da Autarquia Bejense, Paulo Arsénio”, onde “vem acusar os eleitos do PSD ao nível do Distrito de Beja de estar a promover uma política de “terra queimada”, talvez ferido no seu orgulho que o impede de encontrar sinergias e criar pontes de consenso que sirvam o bem maior que são as pessoas”.
A distrital laranja, liderada por Andreia Guerreiro, afirma que “em todos os Concelhos onde o PSD tem eleitos, sempre se pautou por fazer uma oposição construtiva, assertiva, fiscalizadora e preocupada e talvez seja exatamente isso que o deixa incomodado, assim como aos restantes executivos Socialistas”.
Na mesma nota emitida pelo PSD, pode ler-se que, “compreendendo a sua frustração com o chumbo do orçamento, é importante considerar as razões apresentadas pelo vereador Nuno Palma Ferro e que Paulo Arsénio deve, de uma vez por todas, admitir que um vereador da oposição tem a responsabilidade de analisar criticamente as propostas do executivo e de contribuir com propostas que, na sua visão, sirvam melhor os interesses das populações”.
“Refira-se a bem da verdade que, ao contrário do que diz em entrevista e com grande desfaçatez, Paulo Arsénio não verteu as propostas todas da oposição na construção do orçamento da Câmara de Beja” dizem ainda os social democratas.
O PSD de Beja diz saber que “um orçamento deve ser feito à imagem do executivo que governa cada município, mas o PSD nunca pode apoiar orçamentos que não visam ir de encontro aos problemas reais das populações”.
A distrital laranja sublinha que “o Vereador Nuno Palma Ferro propôs um reforço de verbas para algumas estradas e arranjos exteriores, não se tendo acrescentado qualquer valor significativo que marcasse a diferença na resolução de problemas graves que estas componentes apresentam e que deixam Beja com um aspeto altamente desmazelado e perigoso nalguns troços”.
O orçamento da Autarquia de Beja “não contempla uma única referência à gravíssima problemática ligada à crise dos imigrantes e que é somente um dos problemas mais graves que a cidade enfrenta atualmente” frisa a mesma fonte.
Foi proposto pelo Vereador Nuno Palma Ferro “um reforço de 50 mil euros para o apoio às IPSS que estão a trabalhar problemáticas muito importantes na sociedade bejense e não foi tida em consideração essa necessidade””; e ainda “uma proposta para a devolução de uma percentagem de IRS aos munícipes bejenses que também não teve acolhimento” destaca o PSD de Beja.
“Estes são alguns exemplos das várias propostas que o vereador Nuno Palma Ferro solicitou que fossem incluídas no orçamento e que todos podemos compreender a importância que poderiam ter na melhoria de vida dos bejenses” pode ainda ler-se no comunicado emitido.
Em última nota, “é de frisar que Nuno Palma Ferro se mostrou disponível para conversar e colaborar na elaboração ou negociação de um orçamento retificativo, portanto é falsa a acusação de Paulo Arsénio de que o vereador teve uma atitude completamente irresponsável, sendo que irresponsabilidade é não observar e verter os verdadeiros problemas que são conhecidos de todos no orçamento, de forma a trabalhar para uma efetiva resolução dos mesmos” frisa o comunicado.
“Era bom que Paulo Arsénio se lembrasse que o diálogo e a cooperação entre o executivo e a oposição são fundamentais para uma governação eficaz e para o desenvolvimento da cidade e do distrito” realça ainda o partido.
