Já foram divulgados os dados preliminares referentes aos CENSOS 2021.
O jornalista Rui Rosa resume as conclusões referentes à região do Alentejo.
De acordo com o INE – Instituto Nacional de Estatística, no nosso país vivem atualmente 10 milhões, 347 mil 892 indivíduos, menos 2,0% se comparado com 2011. Estão igualmente contabilizados 4 milhões 156 mil e 017 agregados familiares, mais 2,7% do que há 10 anos.
Com exceção de Lisboa e Porto, todos os concelhos perderam habitantes na última década.
O Alentejo perdeu 6,9% da sua população, quando comparado com 2011. A nossa região perdeu 52 368 residentes, em dez anos.
O concelho de Castro Verde tem, em 2021, 6 mil 878 habitantes, quando há 10 anos tinha 7 mil 276, uma variação negativa de 5,5%. Vivem atualmente em castro verde, 3313 homens e 3565 mulheres.
Olhando para os outros concelhos da região, Beja regista 33 mil 401 habitantes. Há 10 anos viviam no concelho da capital do Baixo Alentejo, 35 854. São menos 6,8%. Foi o concelho que mais habitantes perdeu no distrito.
O concelho de Mértola regista um decréscimo de -14% no número de habitantes. Nos Censos de 2011 estavam registados 7 mil 274 habitantes. Atualmente, vivem neste concelho 6 mil 205 pessoas.
Em Almodôvar, vivem agora 6 mil 709 pessoas, uma quebra de 9,9% quando comparado com a última contagem. Há 10 anos, viviam neste concelho 7 mil 449 cidadãos.
Ourique regista uma descida de 10,2%. Neste concelho residem, à data de hoje, 4 mil 842 pessoas. Em 2011 viviam aqui 5 mil 389.
Aljustrel, tem hoje 8 mil 879 habitantes. O concelho mineiro registou uma descida de 4,1%. Antes, estavam recenseadas 9 mil 257 pessoas neste concelho.
Odemira conta com uma variação positiva de 13,3%. Foi de resto o único concelho do distrito de Beja que viu aumentar a população residente. Neste concelho do litoral, há hoje a viver 29 mil 523 pessoas. Em 2011 eram apenas 26 mil e 066 habitantes. Uma subida de 3457 habitanes.
Ferreira do Alentejo regista em 2021, 7 mil 676 residentes. Em 2011 era 8 mil 255. Uma quebra de 7,0 pontos percentuais.
Alvito sofreu uma quebra de 9,1%. De momento, vivem neste concelho, 2 mil 276 cidadãos, quando em 2011 eram 2 mil 504.
O concelho de Cuba perdeu 10,3% dos habitantes. Em 2011 viviam ali 4 mil 878 habitantes; hoje são apenas 4 mil 374.
Vidigueira conta com uma descida de 12,7%. De acordo com o INE, residem neste concelho 5 mil 177 pessoas, em 2011 eram 5 mil 932.
Em Moura estão recenseadas 13 mil 267 pessoas, menos 12,5% do que há 10 anos, quando viviam neste concelho da margem esquerda do Guadiana, 15 mil 167 habitantes.
Serpa conta agora com -11,9% de residentes. Em 2011 viviam neste concelho 15 mil 623 habitantes, hoje são 13 mil 768.
A nível nacional, a população residente em 2021 em Portugal tem um valor próximo do registado em 2001, registando-se um decréscimo populacional de 2,0%, indica, esta quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE), de acordo com os Resultados Preliminares dos Censos 2021.
“Em termos censitários, a única década em que se verificou um decréscimo populacional foi entre 1960 e 1970″, refere o INE.
À data em que foram realizados os Censos, no dia 19 de abril de 2021, residiam em Portugal 10.347.892 pessoas, dos quais 4.917.794 homens (48%) e 5.430.098 mulheres (52%).
Os dados recolhidos permitiram ao Instituto Nacional de Estatística concluir que, nos últimos 10 anos, a população residente em Portugal reduziu-se em 214.286 pessoas (um decréscimo populacional de 2,0%).
“O decréscimo populacional registado na última década resultou do saldo natural negativo (-250 066 pessoas, dados provisórios), sendo que o saldo migratório ocorrido, apesar de positivo, não foi suficiente para inverter a quebra populacional”, refere o comunicado daquele Instituto.
Segundo os Resultados Preliminares dos Censos 2021, “a população residente em 2021 tem um valor próximo do registado em 2001 quando residiam em Portugal 10.356.117 pessoas”.
As únicas regiões em que foi registado um crescimento da população entre 2011 e 2021 foram o Algarve (3,7%) e a Área Metropolitana de Lisboa (1,7%). Já as restantes regiões do país “viram decrescer o seu efetivo populacional, com o Alentejo a observar a quebra mais expressiva com -6,9%, seguindo-se a Região Autónoma da Madeira com -6,2%”.
Numa análise por municípios, o INE concluiu que, na última década, o país acentuou o padrão de litoralização e reforçou o movimento de concentração junto da capital. “A análise por município permite verificar que os territórios localizados no interior do país perdem população, sendo que os municípios que assistiram a um crescimento populacional situam-se predominantemente no litoral, com uma clara concentração em torno da capital do país e na região do Algarve”.
De salientar que, de acordo com uma nota do INE do dia 22, os dados agora revelados “têm ainda um caráter preliminar, na medida em que são baseados em contagens resultantes do processo de recolha e divulgados antes do final de todo o processo de tratamento e validação da informação recolhida”.
Todos os dados podem ser consultados aqui.
Rádio Castrense / Notícias ao Minuto