De acordo com informação avançada hoje pela Agência Lusa, a Câmara de Odemira (Beja) vai contar com um orçamento de 51 milhões de euros em 2023, mais seis milhões do que este ano, prevendo várias obras e uma aposta na manutenção de estradas e na cultura.
“Este orçamento já contém algumas componentes que, para nós, são importantes do ponto de vista estratégico para este mandato”, revelou hoje à agência Lusa o presidente deste município do litoral alentejano, Hélder Guerreiro (PS).
O Orçamento e Grandes Opções do Plano (GOP) da Câmara de Odemira para 2023 foram aprovados, por maioria, pelo executivo municipal no final de novembro, com os votos a favor do PS e contra da CDU, refere a mesma fonte.
A Lusa diz que, os documentos foram igualmente aprovados, por maioria, na sessão da Assembleia Municipal realizada na semana passada, com 19 votos a favor do PS, oito votos contra da CDU e as abstenções dos eleitos da coligação “Juntos Cumprir Odemira” (liderada pelo PSD), do Bloco de Esquerda e da Iniciativa Liberal.
Segundo o presidente do município, em 2023, vão avançar três obras que “vêm do mandato passado”, nomeadamente o Centro Escolar de São Luís, o centro de atividades ocupacionais para a Associação de Paralisia Cerebral de Odemira e uma ecovia/ciclovia em Almograve.
“São três obras com uma marca da continuidade do ponto de vista do investimento”, o qual, no global, ascende a “cerca de quatro milhões de euros”, revelou.
A par disso, está previsto um investimento “na ordem dos dois milhões de euros” em estradas municipais e em diversas ruas dos aglomerados urbanos do concelho, para a “melhoria das condições de circulação”.
“Uma outra marca de novidade”, continuou Hélder Guerreiro, “é o aumento, de cerca de 700 mil euros, nas transferências para as juntas de freguesia, muito focado na limpeza urbana”.
“É uma componente em que queremos investir muito, para melhorar a qualidade de vida no espaço urbano”, justificou.
A câmara estima igualmente proceder a um “aumento substancial” no investimento no setor da Cultura, eleita “como área de futuro para o concelho”.
“Pensamos que a Cultura pode ser geradora de atratividade para o território, de novas oportunidades profissionais e de melhor qualidade de vida”, justificou Hélder Guerreiro.
O autarca disse ainda que, no aumento de quase seis milhões de euros no orçamento de 2023 face ao deste ano, cerca de 3,5 milhões de euros dizem respeito à transferência de competências do Estado para o município “na área da Educação”.
“Entraram 150 pessoas provenientes das escolas para o quadro do município”, concluiu.
Fonte: Lusa