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Segunda-feira, Dezembro 23, 2024

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Bispo de Beja pede desculpa e diz que na Igreja “não há lugar para abusadores”

De acordo com a Lusa, o bispo de Beja disse compreender “a deceção” que provocou com as declarações “dentro e fora da Igreja” e “a todos” pede agora perdão.

O bispo de Beja, D. João Marcos, pediu desculpa após ter sugerido que os padres suspeitos de abusos sexuais, se estiverem arrependidos, deveriam ser perdoados e defendeu agora que “não há lugar para os abusadores no sacerdócio”, adianta a agência noticiosa.

Num comunicado publicado na página da rede social Facebook do jornal diocesano “Notícias de Beja”, o prelado admite ter falhado nas declarações que deu à SIC, na semana passada, sobre o tema dos abusos sexuais na Igreja.

“Por meu desacerto no modo e na oportunidade do que disse, dei a entender que subestimo a enorme gravidade dos abusos sexuais de menores e que o perdão de Deus permite ao abusador retomar a sua vida normal como se nada tivesse acontecido”, declara.

Sublinhando que “de nenhum modo” é esse o seu pensamento sobre o tema, o bispo de Beja disse compreender “a deceção” que provocou com as declarações “dentro e fora da Igreja” e “a todos” pede agora perdão.

No comunicado, o bispo clarifica o seu pensamento, considerando que “os abusos de menores são da máxima gravidade” e que “os seus efeitos são devastadores”.

“Se praticados por homens dedicados a Deus, são ainda mais graves e são blasfémias”, sublinha.

O prelado alentejano defendeu que “não há lugar para os abusadores no sacerdócio”, realçando que “as suspeitas verosímeis obrigam a tomar medidas que evitem todo o perigo sobre menores, incluindo o afastamento das tarefas pastorais”.

“A investigação deve ser rápida e seguir as regras claras definidas pelo Papa Francisco. A colaboração com as autoridades deve ser plena e deve ser cumprida plenamente a lei civil e penal”, assinalou.

Quanto às vítimas dos alegados abusos, concluiu, “têm de ser uma prioridade” e as “suas necessidades de apoio e reparação devem nortear” o acompanhamento da Igreja.

Fonte: Lusa

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