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Domingo, Setembro 8, 2024

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Beja: Cruz Vermelha prepara-se para encerrar em março duas Estruturas Residenciais para Idosos

De acordo com informação avançada hoje pelo jornal online Lidador Notícias, parceiro da Rádio Castrense, a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai encerrar, até ao final do próximo mês de março, as duas Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) de que é proprietária na cidade de Beja, que têm 25 trabalhadores e cerca de seis dezenas de utentes.

O Lidador Notícias (LN) apurou que a decisão já foi comunicada pela Direção Nacional ao diretor da Delegação de Beja, que por sua vez transmitiu às duas técnicas, que se terão recusado a verbalizar essa comunicação às famílias dos utentes, mas os restantes trabalhadores afetos às duas unidades não têm conhecimento oficial da situação. A CVP presta também um Serviço de Apoio Domiciliário, cujas seis funcionárias deverão “salvar-se” do fecho das ERPI’s.

A publicação noticiosa adianta que, perante a questão colocada pelo nosso jornal, se as estruturais encerravam naquela data, a CVP justificou que “está ativamente, e em coordenação com as restantes entidades competentes, a procurar a melhor solução para toda a comunidade abrangida pelas ERPI’s”, acrescentando que a instituição “está comprometida com os utentes das residências, as suas famílias e todos os funcionários que diariamente ali trabalham”, remataram.

As duas ERPI’s, estão acomodadas em duas casas senhoriais localizadas no Centro Histórico de Beja, a última das quais criada em 1998 a que deu o nome de Henri Dunant, o fundador mundial da Cruz Vermelha, e é escudada no “estado dos edifícios onde funcionam as respostas” que a instituição cimenta a sua decisão de encerramento, passando por cima de um investimento no “Edifício Refer”, que iria acomodar as duas infraestruturas, e onde desde novembro de 2012 já gastou cerca de 1,7 milhões de euros, a maior parte referente a 135 de rendas mensais no valor de 8.500 euros cada, pagos às Infraestruturas de Portugal, proprietária do espaço.

A propósito desde edifício, cuja obra está parada e ao abandono desde fevereiro de 2017, ocupado por dezenas de cidadãos nacionais e estrangeiros sem local para dormir, mas também por toxicodependentes, a CVP justificou que “atendendo a que os prossupostos inicialmente subjacentes a este projeto não se terem concretizado, irá proceder-se ao seu entaipamento”, acrescentando que tal vai acontecer “imediatamente após a sua desocupação, que será promovida pelas entidades competentes, com quem esta em estreita coordenação”, não citando que tem um grupo de trabalho com a Câmara Municipal de Beja, a quem deixa a última palavra na retirada dos “ocupas”.

O contrato com a Infraestruturas de Portugal foi assinado por Luís Barbosa, então presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, tendo em 30 novembro de 2017, depois de ter tomado posse como presidente, Francisco George anunciou que “no próximo dia 2 de janeiro de 2018, as obras vão ser retomadas. Está garantido o financiamento de 600 mil euros para as concluir”, mas se tal aconteceu, o dinheiro para aplicar nas obras do “Edifício Refer” não terá chegado a Beja e os trabalhos nunca chegaram a ser retomados.

Teixeira Correia – Jornalista (Texto e Fotos)

Lidador Notícias

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