A Câmara de Beja promoveu sexta-feira, dia 29 de abril, uma reunião preparatória para definição de uma estratégia organizada e concertada, com algumas entidades locais (com intervenção na área da migração), no sentido de criar as condições necessárias e adequadas ao acolhimento de famílias/pessoas, provenientes da Ucrânia.
“Este momento, contou com a presença da Vereadora da Câmara Municipal de Beja responsável pelo pelouro da Ação Social do Município, Marisa Saturnino e da Chefe de Divisão dessa área, bem como com a presença de representantes do Centro Distrital de Segurança Social, CNAIM, Associação Estar, Cáritas Diocesana e dos proprietários de uma Unidade Hoteleira do concelho” explica a autarquia.
Entre o grupo de refugiados que se encontra referenciado para acolhimento, estão cerca de 30 famílias, constituídas sobretudo, por mulheres e crianças.
A mesma fonte refere que “este acolhimento, que será realizado ao abrigo do programa Porta de Entrada, conta com a colaboração do IHRU, da Câmara Municipal de Beja; ACM e de duas unidades hoteleiras do concelho, cujo acompanhamento será assegurado por técnicos do Município e do CNAIM, em colaboração com a Cáritas, Associação ESTAR, e através do recurso a Equipas Multidisciplinares no âmbito de Projetos a decorrer, nomeadamente o Projeto+Sucesso Educativo e CLDS 4G”.
“A alimentação, será articulada com a Associação Estar, através do Projeto Marmita e da disponibilização de alguns bens básicos de primeira necessidade, tal como roupas e produtos de higiene e pela da Cáritas Diocesana de Beja, através do Programa POPMC e Cantina Social” esclarece ainda o município bejense.
“Embora se pretenda que este seja um espaço de acolhimento imediato, onde estes cidadãos possam permanecer em segurança, aceder aos cuidados básicos e iniciar a sua integração, todas as questões de conforto estão a ser acauteladas, nomeadamente a preparação de um espaço dedicado aos mais novos, onde poderão ser dinamizadas atividades no âmbito do Português Para Todos, de Ocupação e Tempos-Livres” detalha a autarquia,
Segundo a edilidade, “o emprego é outro fator que preocupa o município, pelo que brevemente, serão também promovidas outras reuniões, no sentido de apoiar/garantir a procura ativa de emprego, através do IEFP e projetos na área da empregabilidade, bem como através da articulação que se pretende fazer com as empresas locais, promovendo uma resposta concertada com as principais forças vivas do concelho e assegurando alguns postos de trabalho para estas pessoas, com vista a atenuar a instabilidade vivida face ao conflito no seu país de origem e consequente crise humanitária daí advinda”: