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Quinta-feira, Julho 3, 2025

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Autarcas do Baixo Alentejo reivindicam colocação dos helicópteros bombardeiros ligeiros de combate a incêndios em Moura e Ourique

Os autarcas dos treze concelhos do Baixo Alentejo lançam um apelo urgente à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para a “disponibilização imediata dos dois helicópteros bombardeiros ligeiros previstos no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2025 para os heliportos de Moura e Ourique”. A ausência destes meios aéreos, cruciais para a primeira intervenção em incêndios, está a gerar preocupação na região.

A previsão do DECIR 2025 indicava a colocação destes helicópteros a partir de 1 de junho e até 15 de outubro do corrente ano. No entanto, durante todo o mês de junho, correspondente à fase Charlie do dispositivo, o Baixo Alentejo não contou com estes meios aéreos vitais.

A importância dos helicópteros ligeiros é sublinhada pela rápida mobilização, facilidade de operação e celeridade com que conseguem chegar aos focos de incêndio, permitindo uma primeira intervenção fundamental para evitar a sua propagação, protegendo pessoas e bens. “Muitos pequenos focos de incêndio não passam disso mesmo, em virtude desta primeira intervenção aérea”, afirmam os autarcas.

A região do Baixo Alentejo, com a sua vasta área geográfica, as consideráveis distâncias entre os Corpos de Bombeiros Voluntários e as extensas áreas florestais e rurais – muitas delas de proteção especial em termos ambientais e de preservação da biodiversidade –, torna a primeira intervenção aérea absolutamente indispensável. A acumulação de matéria combustível, devido às chuvas tardias deste ano, agrava ainda mais o risco de incêndios de grandes dimensões.

Apesar de ter sido posicionado, provisoriamente, um bombardeiro pesado de combate a incêndios em Ourique, os autarcas salientam que este “possui características e operacionalização distintas”. Enquanto os helicópteros ligeiros são eficazes no ataque inicial, evitando a propagação, o bombardeiro pesado, embora importante numa fase posterior do combate, necessita de um período considerável (entre 30 a 40 minutos) para levantar voo.

Os dados recentes confirmam a gravidade da situação: embora o número de ocorrências não tenha tido um grande aumento comparativamente com anos anteriores, a área ardida nos treze concelhos do Baixo Alentejo já ultrapassa os 700 hectares, um valor significativamente superior ao registado no mesmo período dos últimos anos.

Face a estes argumentos e “considerando que a ANEPC é a entidade responsável pela distribuição dos meios no território”, os autarcas do Baixo Alentejo exortam os seus responsáveis máximos a disponibilizarem os dois helicópteros bombardeiros ligeiros o mais urgente possível”.

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