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Sexta-feira, Outubro 24, 2025

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Almodôvar: Jovem de 19 anos julgado por violação e violência doméstica

Um jovem de 19 anos, natural de Penafiel, mas com residência em Caíde de Rei (Lousada), que esteve institucionalizado numa casa de acolhimento da região, foi acusado pelo Ministério Público de Almodôvar da prática de cinco crimes, adianta o Lidador Notícias (LN).

A mesma fonte refere que o arguido vai ser julgado por um crime de violência doméstica agravado cometido com arma, em concurso aparente com os crimes de violação de domicílio, ameaça agravada, coação agravada na forma tentada e de sequestro, e ainda dos crimes de violação agravada na forma consumada, cometido com arma, maus-tratos a animal de companhia agravado, tráfico de menor gravidade e denúncia caluniosa.

“O jovem estava institucionalizado numa casa de acolhimento residencial destinada a recuperar toxicodependentes, localizada num concelho próximo, onde a vítima de 27 anos trabalhava e entre setembro de 2023 e janeiro do corrente ano mantiveram uma relação amorosa, sempre marcada por atitudes violentas do arguido” frisa o LN.

“Face à agressividade do jovem e, quando este já residia perto de Lousada, a mulher terminou o namoro, mas o carácter violento do indivíduo não mudou e continuou a ameaçar a vítima, inclusivamente que a matava” revela a mesma fonte.

o LN explica que “no dia 2 de fevereiro do corrente ano, o arguido percorreu mais de 500 quilómetros entre a sua residência e Almodôvar, entrou em casa da vítima agrediu-a, depois despiu-a e meteu-lhe peça de roupa na boca para esta não gritar. Sob a ameaça de uma faca violou a mulher, ameaçando também matar o canídeo que esta tinha em casa”.

Porque tinha que ir trabalhar a vítima convenceu o arguido a deixar a mesma sair de casa, o que esta aproveitou para se dirigir ao Posto da GNR de Almodôvar e apresentar queixa. Quando a Guarda chegou a casa já não encontrou o suspeito, que “plantou” provas para incriminar a mulher de tráfico de estupefacientes deixando no seu quarto 10,70 gramas de cannabis, correspondente a 67 doses. Como tinha o telemóvel da vítima na sua posse, tentou fazer uma transferência bancária da conta da mulher para a sua.

Cerca das 17h00 horas, enquanto era procurado pela GNR de Almodôvar, o indivíduo foi entregar-se no Posto de Castro Verde, tendo dois dias depois sido presente a Juiz de Instrução Criminal que lhe aplicou a medida de coação de prisão preventiva.

Não satisfeito o arguido tentou uma última artimanha para incriminar a mulher e no dia 27 se fevereiro, já depois de estar em reclusão do Estabelecimento Prisional de Beja, apresentou queixa-crime contra a vítima por crime de abuso sexual de menores dependentes ou em situação particularmente vulnerável alegando que a sua relação amorosa com a vítima, teve início enquanto o mesmo era menor de idade e estava institucionalizado, na casa de acolhimento residencial onde a vítima trabalhava como monitora.

O procedimento criminal foi arquivado por falso testemunho do arguido já que em declarações em primeiro interrogatório afirmara que o namoro com a vítima começara depois de ter deixado a casa de acolhimento.

Texto: Teixeira Correia – (jornalista) Lidador Notícias

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