A empresa RPK Biopharma, que produz canábis medicinal em Sintra e Aljustrel, mudou de proprietária, depois da canadiana Flowr Corporation ter vendido a Holigen Holdings Limited à Akanda Corporation por cerca de 32,3 milhões de euros. A notícia é avançada pela Agência Lusa.
Em comunicado enviado à Lusa, a Flowr Corporation adiantou que o acordo entre as duas empresas foi firmado pelo valor de 35 milhões de dólares, ou seja, cerca de 32,3 milhões de euros.
O negócio prevê que a Akanda fique proprietária das instalações que a RPK Biopharma, subsidiária da Holigen em Portugal, tem na freguesia de São João de Negrilhos, no concelho alentejano de Aljustrel, com 72 hectares.
A Akanda, empresa internacional de plataformas médicas de canábis e bem-estar com investimentos no Lesoto e no Reino Unido, passa a ser igualmente proprietária das instalações da RPK Biopharma em Sintra, concebidas para produzir “pelo menos duas toneladas de canábis medicinal ‘premium’ de alta qualidade por ano”.
A empresa informou que as agora suas instalações em Sintra e Aljustrel “irão proporcionar a flexibilidade de capacidade em Portugal para produzir duas toneladas de canábis ‘premium indoor’ [em interior], mais de 100 toneladas de canábis ‘outdoor’ [ao ar livre] e mais de oito toneladas de capacidade de produção anual de terceiros”.
De acordo com a nota da empresa, Tom Flow, atual CEO interino da Flowr e responsável pela gestão da Holigen desde outubro de 2021, deverá continuar a gerir a operação através da Akanda.
Neste negócio de cannabis, sabe-se que o Infarmed, já recebeu um total de 99 pedidos de licenciamento, existem atualmente 18 empresas com autorização para cultivar canábis para fins medicinais. É o caso da canadiana Tilray, que tem uma unidade de produção em Cantanhede, ou da colombiana Clear Leaves, que no final do ano passado foi autorizada a mais do que duplicar a área de cultivo em Odemira e que está a construir uma unidade de secagem, corte e embalamento em Setúbal.
Fonte: Lusa