A Comissão Dinamizadora da Plataforma Cidadã, em nota à comunicação social, vem dizer que “decidiu solicitar hoje, com caráter de urgência, uma audiência ao Senhor Presidente da Assembleia da República, para entrega em mão, já no próximo mês de Março, da sua Petição Pública SIM! O Aeroporto de Beja é parte da solução”‘.
Com esta iniciativa, “pretende a Comissão Dinamizadora da Plataforma Cidadã acelerar os procedimentos junto da Assembleia da República, no sentido de assegurar o debate e a aprovação das medidas necessárias constantes na Petição, não só para a utilização do Aeroporto de Beja como parte da solução dos graves problemas aeroportuários hoje existentes em Lisboa e Faro, mas também estratégicas para o todo nacional e para o desenvolvimento de um território que representa mais de um terço do todo nacional, onde estão hoje dois dos maiores investimentos nacionais: O Complexo de Sines e o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva”.
A Plataforma refere que, “a modernização e eletrificação de toda a Linha do Alentejo e a sua ligação ao Aeroporto de Beja, é estratégica para garantir a indispensável redundância da ligação de Lisboa ao Algarve, essencial para garantir uma rede de transportes ferroviários fiável para a circulação crescente de mercadorias do e para o complexo Sines, para a agricultura e as agro-indústrias, para o Turismo, cuja procura crescente é uma realidade, bem como para o transporte de qualidade de passageiros. É ainda fundamental para assegurar o desenvolvimento sustentável, superar as crescentes assimetrias regionais, contribuir para reduzir as emissões de carbono e tornar mais rentáveis e competitivas as empresas, ao reduzir substancialmente os custos de transportes, quer rodoviários, quer ferroviários, hoje assegurados através do recurso a energias fósseis”.
“Portugal não pode perder esta oportunidade de modernizar e eletrificar toda a Linha do Alentejo” adverte a mesma fonte.
A Plataforma lembra que, “o Alentejo ainda integra os territórios de objetivo 1 que garante financiamentos da UE em valores iguais ou superiores a 80% a fundo perdido. Isto torna insignificante a comparticipação nacional. Já perdemos muitos milhões de euros por não ter avançado para a execução das obras como constava no Estudo da REFER de Maio de 2015. Hoje poderiam ser já uma realidade”.
“Não aproveitar o PNI 2030 e o PRR para avançar no imediato com a eletrificação e modernização de toda a Linha Ferroviária do Alentejo e a sua ligação ao Aeroporto de Beja, enquanto o Alentejo beneficia de 80% do investimento a fundo perdido, seria um erro colossal, pois, dificilmente Portugal terá uma outra oportunidade como esta, de fazer tanto, com tão pouco custo” sublinha.
“São muitos milhões que Portugal pode perder hoje e que os portugueses e portuguesas terão que pagar amanhã”, avisa a Plataforma.