A falta de um serviço de acesso à internet com velocidades aceitáveis leva a que um grupo de cidadãos de Albernoa procure pressionar a Altice/Meo para a melhoria do serviço na aldeia. O anúncio é feito em comunicado, pela União de Freguesias de Albernoa e Trindade, no concelho de Beja.
“Fibra Ótica em Albernoa” é o nome da petição sob a forma de abaixo assinado, que está disponível nos serviços da União de Freguesias e no comércio local. “Esta iniciativa que partiu da população tem como objetivo alargar à União das Freguesias o serviço de Fibra Ótica para os clientes particulares e pequenos empresários” refere o mesmo comunicado.
A União de Freguesias explica ainda que “esta petição, que também corre no Facebook com apelos à população para deixar o seu descontentamento junto do provedor da MEO, procura mostrar que o serviço existente de ADSL é fraco, insuficiente e incapaz de permitir a atividade de lazer e laboral de forma adequada”.
Carlos Casimiro, Presidente da União das Freguesias de Albernoa e Trindade refere na nota enviada à Rádio Castrense, que “a União de Freguesias apoia esta iniciativa desde o primeiro momento, pois há uma lacuna de prestação de serviço que não pode continuar. Não podemos ter cidadãos numa aldeia que andam a passo na internet com ADSL e ter, a 20km, cidadãos na cidade que têm velocidades de acesso ao serviço web muito mais rápidas”.
Esta é aliás uma das razões que motivou os proponentes da petição e que é acompanhada pela União das Freguesias. Carlos Casimiro explica “não é possível aceitar ter cidadãos de primeira e de segunda. Há profissionais liberais e empresas hoteleiras e de serviços em Albernoa e Trindade que também precisam de fazer videochamadas e ter uma largura de banda que lhes permita trabalhar aqui em áreas que necessitam dessa largura de banda. As pessoas verificam no site da operadora que há fibra, a própria União de Freguesias e o Posto médico têm serviços de fibra, mas depois os fregueses individualmente não podem contratar esse serviço mais capaz. Manter esta situação muito mais tempo é negar às aldeias a possibilidade de terem pessoas capacitadas que aqui querem trabalhar e viver e isso não pode continuar”.
Na nota emitida, é ainda mencionado que, “diversas pessoas na aldeia de Albernoa trabalham a partir de casa, em sistemas informáticos, bancos e em serviços médicos e de media, uma consequência positiva da pandemia Covid 19 que trouxe nova população à aldeia que necessita de uma melhor ligação”.
A petição está a decorrer durante o mês de setembro e “será enviada a diversas entidades quando as assinaturas forem recolhidas” sublinha a União de Freguesias de Albernoa e Trindade – Beja.
A iniciativa parte de residentes em Albernoa, mas a situação é idêntica na aldeia da Trindade, onde os motivos de queixa são precisamente iguais, a falta de um serviço digno.