A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) determinou o confinamento obrigatório de todas as aves domésticas e em cativeiro em 95 zonas de 14 distritos do país, identificadas como de alto risco para a gripe aviária. Em edital consultado pela agência Lusa, a DGAV descreve que “as aves de capoeira e aves em cativeiro detidas em estabelecimentos, incluindo detenções caseiras, localizadas nas freguesias incluídas na lista das zonas de alto risco para a gripe aviária deverão ser confinadas aos respetivos alojamentos de modo a impedir o seu contacto com aves selvagens”.
Os distritos abrangidos por esta medida de confinamento são Porto, Lisboa, Braga, Viana do Castelo, Aveiro, Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Setúbal, Évora, Beja, Portalegre e Faro. A DGAV havia alertado na passada terça-feira para o risco elevado de disseminação da gripe das aves. O país regista, até ao momento, 31 focos detetados este ano, sendo os mais recentes numa exposição de aves em cativeiro em Oliveira do Bairro (distrito de Aveiro) e num estabelecimento na União de freguesias de Parreira e Chouto, no concelho da Chamusca (Santarém). Estas duas últimas zonas permanecerão em restrição sanitária até 12 e 19 de dezembro, respetivamente.
A diretora-geral de Alimentação e Veterinária explica que “a gripe aviária é uma doença infecciosa viral que atinge aves selvagens, de capoeira e outras aves mantidas em cativeiro”, com os vírus de alta patogenicidade a provocar “mortalidade muito elevada, especialmente nas aves de capoeira”. Esta situação tem um “impacto importante na saúde das aves domésticas e selvagens, bem como na produção avícola”, podendo levar à suspensão da comercialização e impedimento de exportação de aves e produtos nas zonas afetadas e a nível nacional.
O edital identifica 95 freguesias de alto risco, abrangendo concelhos como Alandroal, Albergaria-a-Velha, Albufeira, Alcácer do Sal, Almodôvar, Alcochete, Alvito, Arraiolos, Aveiro, Beja, Benavente, Cascais, Castelo Branco, Chamusca, Coimbra, Coruche, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Matosinhos, Montijo, Moura, Odemira, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Sintra, Tavira e Viana do Castelo, entre muitos outros.
Em complemento à obrigatoriedade de confinamento nas zonas de alto risco, a DGAV lembra que nas zonas de proteção e vigilância se mantêm proibições adicionais, como a circulação de aves, o repovoamento de espécies cinegéticas, a realização de feiras, mercados e exposições, e a circulação de carne fresca, ovos para incubação e para consumo humano, bem como a circulação de subprodutos animais.
Rádio castrense / Lusa
