Abriu portas hoje, em São Teotónio, a edição de 2025 da FACECO – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, no Parque de Exposições de São Teotónio.
Durante o discurso proferido na Sessão de Inauguração, Hélder Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de Odemira, lembrou que “este é o maior concelho do país, demograficamente diverso e que apresenta muitos desafios no presente e para o futuro”.
O autarca de Odemira refere que “Odemira tem uma grande monumentalidade, nomeadamente no que diz respeito à natureza”.
Hélder Guerreiro frisa que “às vezes não é possível fazer tudo, mas o que é feito, é feito com confiança” e diz ”estar disponível para trabalhar com o Governo”.

O presidente da Câmara lembra que “Odemira, na área da agricultura tem mais de 300 milhões de Euros por anos”. O autarca diz que só em IRC das empresas locais, paga 130 milhões e euros por ano e sublinha que “era justo que o governo investisse em Odemira 10% desse valor por ano para criar melhores condições ao território de Odemira.
O edil pediu “compromissos da parte do Governo” em algumas áreas. Hélder Guerreiro diz que a autarquia, este ano conseguiu terminar projetos de 23 milhões de para a Habitação, mas “é precisa a ajuda do Governo”.
Há três projetos para 3 escolas de Odemira, no valor de 10 milhões de euros, mas “é preciso a luz verde da CCDR Alentejo”, mas “tal não pode avançar sem haver confiança e compromisso para que se possa avançar com as obras.
Hélder Guerreiro alertou para a necessidade “da melhoria das condições de trabalho da GNR, nomeadamente obras no Destacamento de Odemira e no Posto de Vila Nova de Milfontes.”.
O presidente da Câmara de Odemira afirma que “não podemos ter a Conservatória do Registo Predial e do Registo Civil Fechada” e ironiza que “os odemirenses já estão a entupir as conservatórias dos concelhos vizinhos.
O autarca quer que “a Segurança Social de Odemira esteja sempre a funcionar e que não feche dois dias por semana, o que é inconcebível, porque é aquela que mais serviço tem no distrito de Beja”.
Hélder Guerreiro voltou à carga com a questão das acessibilidades rodoviárias e ferroviárias do concelho. Na sua intervenção lembrou que “ as estradas no concelho são um terror; houve muitos anos sem investimentos públicos nas estradas nacionais que atravessam o concelho” e alertou para a necessidade do regresso do comboio regional e mais paragens das atuais composições nas estações ferroviárias que se situam no concelho”.
Dário Guerreiro, presidente da Junta de Freguesia de São Teotónio, na sua intervenção, quis dizer ao Secretário de Estado da Administração Local e Coesão Territorial para “a necessidade dos governos terem a capacidade, um plano e um objetivo a nível nacional”. O autarca diz que “os anos passam e continuam a haver políticas que prejudicam as autarquias”.
O presidente da Junta de Freguesia de São Teotónio lembra que “é necessário empoderar as CCDR’s, as Juntas de Freguesia e das Câmaras Municipais” e diz que “é preciso aumentar os Orçamentos das Juntas de Freguesia”, porque “as Juntas são as promotoras de desenvolvimento”.
O autarca de Sao Teotónio “pede mais proximidade do poder central” e defende “maior entendimento entre autarquias e governo”.

Dário Guerreiro acusa o estado de “ser uma figura ausente”, deixado “edifícios por arranjar, serviços públicos sem funcionários, entre outros problemas”.
O autarca lembra que a Junta de Freguesia está a apostar nas acessibilidades, na habitação, entre outros, existindo um projeto de coesão para o território”.
O Secretário de Estado da Administração Local e Coesão Territorial, Silvério Regalado, apelou aos autarcas “que nunca desistam do seu território”.
O governante lembra que “o concelho de Odemira é enorme e muito ligado ao setor primário”.

Silvério Regalado frisa que “para resolver os problemas do país não basta entregar competências às autarquias e depois não lhes dar ferramentas para resolver os problemas”, por isso, acrescenta, “tem que se rever a lei das finanças locais”.
O Secretário de Estado destaca ainda que “é preciso combater a burocracia, porque o país gasta centenas de milhares de euros em coisas que não têm nexo nenhum, o que faz as pessoas perder dinheiro”.
“Olhar para os territórios de uma forma coesa é uma das prioridades deste Governo”, realça Silvério Regalado, por isso, diz, “é preciso dar liberdade às pessoas para escolherem o sítio onde querem viver”, enquanto acrescenta que “este Governo estará ao lado dos território”.


