Gonçalo Valente, do Partido Social Democrata (PSD), deputado da AD, acusou o Partido Socialista (PS) de agir de forma “irresponsável e muito perigosa” ao, segundo ele, “lançar o pânico na comunicação social” e criar “sensações de insegurança e de falta de proteção das comunidades” sobre a disponibilidade de meios aéreos ligeiros de combate a incêndios em Ourique e Moura.
Em nota de imprensa, Gonçalo Valente questiona o PS por não ter abordado publicamente situações semelhantes em 2019 e 2023, período em que os socialistas estavam no governo. “Alguma iniciativa política destes mesmos autarcas ou da Federação Socialista do Baixo Alentejo? Fizeram aquilo que tão bem sabem fazer: calar-se perante o seu partido e o seu governo”, afirmou Valente, responsabilizando o PS pelo “atraso na região”.
O social-democrata reconheceu que Ourique e Moura ficaram “desprovidas de meios aéreos de intervenção inicial” devido a um concurso que “ficou deserto por falta de interessados”. No entanto, salientou que a região não ficou sem meios de combate aéreo, uma vez que “existem dois meios pesados em Beja” e, como exemplo, referiu que “hoje estavam 6 meios aéreos a combater um incêndio na Vidigueira”. Para Valente, a presença dos meios pesados e a capacidade de mobilização em rede demonstram que os recursos estão disponíveis “quando são precisas”.
Apesar da presença de meios pesados, Valente manifestou preocupação com a “primeira intervenção” em incêndios, dada a sensibilidade do tema para as pessoas e comunidades. “Há que fazer tudo aquilo que está ao nosso alcance, já basta aquilo que não está ao nosso alcance no decorrer de um incêndio”, frisou.
Gonçalo Valente assegurou que está a acompanhar de perto a situação e a “fazer tudo aquilo que está ao [seu] alcance” para que as entidades competentes “acelerem uma solução provisória”, garantindo que o novo concurso para os meios aéreos cumpra “os seus trâmites normais e legais”, concurso este que, segundo ele, “já foi autorizado pelo governo”.
