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Quinta-feira, Julho 3, 2025
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Polícia Judiciária deteve suspeito de atear fogos no concelho de Castro Verde

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A Polícia Judiciária (PJ), através da Diretoria do Sul, deteve o presumível autor de crimes de incêndio florestal, ocorridos na madrugada de dia 30 de junho, no concelho de Castro Verde.

O suspeito foi identificado e localizado pela GNR de Castro Verde, adianta a Polícia Judiciária.

No comunicado emitido, a PJ explica que “após recebida a comunicação, a PJ iniciou diligências de investigação que permitiram apurar que um homem, de 26 anos, ateou cinco focos de incêndio junto à EN2 entre Castro Verde e Aljustrel”.

O fogo foi extinto pelas 03h30 pelos bombeiros de Castro Verde, Almodôvar, Alvalade, Aljustrel e Ourique, e ocorreu em solo ocupado essencialmente por vegetação herbácea rasteira e arbustiva.

O detido será, hoje, presente à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.

O inquérito é titulado pelo Ministério Público de Almodôvar.

Imagem ilustrativa: PJ

Aljustrel: Criou uma equipa de acompanhamento técnico e social para acompanhar pessoas afetadas pelo fogo de segunda-feira

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O Município de Aljustrel, no âmbito da resposta ao incêndio que deflagrou ontem no concelho, e que ainda está em fase de rescaldo, criou uma equipa de acompanhamento técnico e social, “que está a percorrer todo o território atingido, de modo a referenciar todas as necessidades das pessoas que foram afetadas” adianta a autarquia da Vila Mineira.

O objetivo da autarquia “é fazer um diagnóstico célere, recolhendo o máximo de informação possível que possa ajudar ao complemento de processos e identificar necessidades sentidas pelas populações, dando uma resposta pronta e de proximidade”.

Esta equipa é constituída por técnicos da Divisão Técnica do Município de Aljustrel, por técnicos de Ação Social e de Psicologia, por técnicos do Serviço Municipal de Proteção Civil, pela Médica Veterinária Municipal e pelo Gabinete de Apoio à Presidência, que estão ainda a ser acompanhados no terreno pela Vereadora da Câmara Municipal, Liliana Mendes, e pelo presidente da União de Freguesias de Aljustrel e Rio de Moinhos, António Nascimento.

Os trabalhos de identificação contam também com o apoio da Guarda Nacional Republicana (GNR).

Incêndio em Aljustrel: Camião de Feno foi disponibilizado a agricultores afetados – Levantamento dos danos está a ser feito

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Um camião carregado com 20 toneladas de feno foi disponibilizado na segunda-feira a um dos agricultores mais severamente afetados pelo incêndio que lavrou no concelho de Aljustrel. A Associação de Agricultores do Campo Branco (AACB) está agora a efetuar um levantamento exaustivo dos danos junto de outros agricultores, procurando responder às necessidades urgentes de alimentação animal e recuperação das explorações.

António Aires, presidente da AACB, com sede em Castro Verde, disse hoje que “já seguiu alimento e está disponível para os animais desse agricultor, que foi um dos mais afetados pelo incêndio” na zona de Carregueiro. Segundo Aires, a exploração deste agricultor, com cerca de 400 hectares, foi quase totalmente consumida pelas chamas, restando apenas “uns 15 ou 20 hectares”. O fogo destruiu “a área produtiva quase toda, os cereais que tinha plantado, a parte da palha para alimentar os animais e vedações”, além de algumas viaturas.

A AACB está a contactar outros associados na área afetada para apurar os danos e necessidades, garantindo que será “disponibilizado alimento consoante as necessidades”. Aires destacou a solidariedade entre os agricultores: “Foi um ano de abundância de palha e de feno e contamos com a solidariedade dos agricultores para disponibilizar alimento àqueles que foram afetados pelo incêndio”.

O incêndio, que deflagrou na segunda-feira ao início da tarde no Monte do Cerro, em Messejana, foi dado como dominado pouco antes das 21:30 do mesmo dia. Chegou a mobilizar seis meios aéreos e mais de 250 operacionais, consumindo vasta área de pasto.

O presidente da AACB atribuiu a rápida propagação das chamas ao “vento horrível” que se levantou na segunda-feira e à abundância de matéria combustível resultante de um ano com muita chuva. Numa conferência de imprensa na segunda-feira à noite, com o fogo ainda ativo, o presidente da Câmara de Aljustrel, Carlos Teles, estimou que cerca de 1.000 hectares já haviam sido consumidos.

O sinistro obrigou a GNR a retirar pessoas de três residências em dois montes perto de Carregueiro e causou danos materiais num casão de apoio agrícola. No combate, sete bombeiros necessitaram de assistência devido a exaustão e inalação de fumos, com dois a serem transportados para o hospital de Beja e um para o Serviço de Urgência Básico de Castro Verde. As chamas também causaram o corte temporário da Estrada Nacional 2 (EN2) entre Aljustrel e Castro Verde, com a circulação restabelecida às 22:16.

Os trabalhos de rescaldo e vigilância prosseguem, mobilizando, às 14:00 de hoje, 162 operacionais e 56 viaturas, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Rádio Castrense / Lusa

Gonçalo Valente responde às críticas feitas pela Federação do Baixo Alentejo do PS

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Em resposta às recentes críticas do Partido Socialista (PS) do Baixo Alentejo sobre a “soberba” na gestão dos meios aéreos de combate a incêndios, o porta-voz da distrital do PSD e deputado eleito pela AD, cujo nome não foi citado, emitiu uma declaração contundente. O deputado defende a atuação do seu partido e rebate as acusações do PS, afirmando que a agilidade na resolução de problemas é um traço da atual governação da AD.

“Para o PS, resolver problemas e encontrar soluções prontamente é soberba, então que esta soberba perdure e se eternize no tempo”, declarou o porta-voz do PSD. A afirmação surge como uma crítica direta ao posicionamento do PS, que havia questionado a alegada atribuição exclusiva do deputado pela AD na disponibilização de um meio aéreo em Ourique.

O deputado da AD não poupou nas críticas ao passado socialista, relembrando a forma como “os socialistas desbarataram uma maioria absoluta em 12 meses”, atribuindo a culpa à “soberba” e a uma suposta crença de “estatuto de impunidade”. “Os socialistas ainda não se habituaram ao ritmo que este governo imprimiu na resolução dos problemas que eles causaram”, acrescentou, destacando a “eficácia” da ação política da AD e a “dinâmica” dos seus representantes.

Sobre a acusação de ignorar o papel de outras entidades na reivindicação dos meios aéreos, o deputado afirmou ter a “consciência tranquila de ter feito tudo o que pude para ajudar a encontrar uma solução junto de quem tem poder de decisão”, e que não ignorou ninguém, tendo contactado corporações de bombeiros e proteção civil.

Relativamente ao atraso na disponibilização dos meios aéreos, o porta-voz do PSD esclareceu que a razão reside no facto de “o concurso internacional ter ficado deserto”. E acrescentou: “Nos últimos anos, por várias vezes, os governos socialistas, por opção política, não quiseram colocar aqui meios aéreos. O governo socialista simplesmente entendeu roubar-nos os meios para os colocar noutros lados. Agora foi por não haver interessados.”

Questionado sobre a ausência de um segundo meio aéreo em Moura, o deputado explicou que se empenhou “de igual forma em Ourique e Moura”, mas que, “nesta fase só podíamos recolocar um meio nesta região”. Após consulta com as autoridades competentes, Ourique foi considerada a localização mais estratégica devido à sua centralidade.

Por fim, o deputado abordou as insinuações do PS sobre as suas intenções autárquicas em Ourique. “Eu compreendo a preocupação que assola as hostes socialistas, sobre isso só tenho a dizer: Sou de Ourique, amo Ourique e estarei sempre disponível para os ouriquenses seja em que função ou circunstância for”, concluiu, deixando no ar a possibilidade de uma futura candidatura autárquica.

Autarcas do Baixo Alentejo reivindicam colocação dos helicópteros bombardeiros ligeiros de combate a incêndios em Moura e Ourique

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Os autarcas dos treze concelhos do Baixo Alentejo lançam um apelo urgente à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para a “disponibilização imediata dos dois helicópteros bombardeiros ligeiros previstos no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2025 para os heliportos de Moura e Ourique”. A ausência destes meios aéreos, cruciais para a primeira intervenção em incêndios, está a gerar preocupação na região.

A previsão do DECIR 2025 indicava a colocação destes helicópteros a partir de 1 de junho e até 15 de outubro do corrente ano. No entanto, durante todo o mês de junho, correspondente à fase Charlie do dispositivo, o Baixo Alentejo não contou com estes meios aéreos vitais.

A importância dos helicópteros ligeiros é sublinhada pela rápida mobilização, facilidade de operação e celeridade com que conseguem chegar aos focos de incêndio, permitindo uma primeira intervenção fundamental para evitar a sua propagação, protegendo pessoas e bens. “Muitos pequenos focos de incêndio não passam disso mesmo, em virtude desta primeira intervenção aérea”, afirmam os autarcas.

A região do Baixo Alentejo, com a sua vasta área geográfica, as consideráveis distâncias entre os Corpos de Bombeiros Voluntários e as extensas áreas florestais e rurais – muitas delas de proteção especial em termos ambientais e de preservação da biodiversidade –, torna a primeira intervenção aérea absolutamente indispensável. A acumulação de matéria combustível, devido às chuvas tardias deste ano, agrava ainda mais o risco de incêndios de grandes dimensões.

Apesar de ter sido posicionado, provisoriamente, um bombardeiro pesado de combate a incêndios em Ourique, os autarcas salientam que este “possui características e operacionalização distintas”. Enquanto os helicópteros ligeiros são eficazes no ataque inicial, evitando a propagação, o bombardeiro pesado, embora importante numa fase posterior do combate, necessita de um período considerável (entre 30 a 40 minutos) para levantar voo.

Os dados recentes confirmam a gravidade da situação: embora o número de ocorrências não tenha tido um grande aumento comparativamente com anos anteriores, a área ardida nos treze concelhos do Baixo Alentejo já ultrapassa os 700 hectares, um valor significativamente superior ao registado no mesmo período dos últimos anos.

Face a estes argumentos e “considerando que a ANEPC é a entidade responsável pela distribuição dos meios no território”, os autarcas do Baixo Alentejo exortam os seus responsáveis máximos a disponibilizarem os dois helicópteros bombardeiros ligeiros o mais urgente possível”.